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Ecyla Castanheira Brandão

  • Ecyla Castanheira Brandão
  • Pessoa
  • 1926 - 2014

Ecyla Castanheira Brandão (Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 1926) é filha de Eurico de Mello Brandão e Antônia Renault Castanheira Brandão.
Formou-se em Museologia no curso do Museu Histórico Nacional no ano de 1953 e especializou-se em História da Arte pela Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa – Portugal no ano de 1964.
Foi professora Adjunta de História da Arte da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro no período de 1959/1985; professora responsável pela Cadeira de História da Pintura e da Gravura do Curso de Museus (M.H.N./MEC) no período de 1964/1973; professora do Curso de Introdução à Museologia promovido pelo Departamento de Cultura do Governo de Santa Catarina em Florianópolis em agosto de 1971; professora de Técnicas Gerais em Museus promovido pela Universidade Federal de Santa Maria no Rio Grande do Sul em julho de 1973 e professora do Curso de Introdução à Museologia promovido pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Minas Gerais em julho de 1975.
Realizou estágio na Divisão Técnica do Museu Histórico Nacional (1954-1955) e na Oficina de Têxteis do Instituto José Figueiredo para exame e conservação de obras de arte.
Como museóloga, realizou as seguintes funções: Conservadora do Museu Histórico Nacional (1955-1967); Chefe da Seção de Arte Retrospectiva do Museu Histórico Nacional (1962-1967); Chefe da Seção Técnica do Museu Nacional de Belas Artes (1967-1972); Chefe da Divisão Museu da República no Museu Histórico Nacional (1973-1977); Chefe da Divisão de Atividades Educacionais e Culturais no Museu Histórico Nacional (1977-1982); Coordenadora Substituta do Programa Nacional de Museus da Fundação Nacional Pró-Memória; Diretora Adjunta do Museu Nacional de Belas Artes (1985-1990) e Diretora do Museu Histórico Nacional (1990-1994).
Ecyla ainda foi responsável pelo inventário do Acervo Artístico da Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pela montagem do Museu D. João VI (UFRJ).
Elaborou parecer e acompanhou o processo de criação do Museu ao Ar Livre de Orleans em Santa Catarina e também do projeto de criação do Museu do Serro em Minas Gerais.
Coordenou o Grupo de Trabalho que executou o inventário do acervo do Palácio do Itamaraty, sendo logo depois criado o Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty (1981-1982).
Organizou e montou as seguintes Exposições: “1ª Exposição do Museu do Açúcar” em 1960; “Arte do Retrato”, realizada no Museu Histórico Nacional em dezembro de 1963; “Presença de Portugal”, realizada no Museu Histórico Nacional em agosto de 1966; “Memória da Independência”, Exposição comemorativa do sesquicentenário da Independência (MEC) em 1972 e “Arte Sacra no Museu Histórico Nacional”, realizada no Palácio do Catete em 1977. Colaborou na organização da Exposição “Arte Popular Brasileira Hoje” em Paris no ano de 1987.
Selecionou e arrumou as Medalhas da Coleção “Jerônimo Ferreira das Neves”, da Escola Nacional de Belas Artes (UFRJ).
Coordenou a visita de diretores de Museus portugueses ao Brasil, promovida pelos Serviços Culturais da Embaixada de Portugal e do Ciclo de Palestras que realizaram no Rio de Janeiro em 1968.
Foi representante do Museu Nacional de Belas Artes na inauguração do Museu da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa, em dois de outubro de 1969.
Participou da elaboração do inventário das peças de Artes Decorativas da “Coleção Paulo Geyer” do Museu Imperial 1998-1999.
Participou das seguintes conferências: “História da Pintura”, realizadas em Fortaleza e Teresina em abril de 1968; “O Museu Atual e a Cultura”, realizada pelo Instituto de Belas Artes do Departamento de Cultura da Guanabara em março de 1969; Curso de Arte através dos Tempos, realizada no Centro Técnico de Turismo e Promoções (CETUR) em 1974; “Momentos de Crise e seus Reflexos na História da Pintura”, realizada na Biblioteca Nacional em 12 de fevereiro de 1976; “A Mudança de Gosto no século XIX”, realizada na Biblioteca Nacional em 19 de fevereiro de 1976; “A Missão Artística Francesa”, realizada no M. H. N. em 20 de outubro de 1999.
Publicou e apresentou os trabalhos: “A vida e a Arte de Thorwaldsen”, Anais do Museu Histórico Nacional vol. IX; “Um desenho de Parreiras”, Anais do Museu Histórico Nacional vol. X; “Sugestão para um Plano de Propaganda de Museus”, 1º Congresso de Museus em 1956; “Pesquisa entre Visitantes no Museu Nacional de Belas Artes”, 5º Colóquio Brasileiro de Museus de Artes realizado em Curitiba em 1970 e “Uma Planta Arquitetural do Rio de Janeiro” publicado no Diário de Notícias em 1960.
Foi agraciada com as medalhas: “50 Anos do Museu Nacional de Belas Artes” em 1987; “Medalha Henrique Sérgio Gregory” em 1992; “Medalha Princesa Isabel” em 1994; “75 Anos do Museu Histórico Nacional” em 1997; “Mérito Cultural” pelos 175 anos da Colonização Suíça em Friburgo (RJ); “Mérito Museológico” em 2004; “Gustavo Barroso” em 2010 e “Cinquentenário do Museu da República” em 2010.
Recebeu as seguintes placas: “Programa Nacional de Museus” em 1986; “I Seminário Latino Americano de Museologia”; “Prêmio Rodrigo de Melo Franco de Andrade” em 1998 e Homenagem a personalidades da Museologia em 2006.
Foi homenageada por ser membro da Comissão Especial do Prêmio “Moinho Santista” em 1979. Recebeu homenagem da IMSP-FESPSP durante o 1º Seminário Latino Americano de Museologia em 1990, bem como, em 13 de novembro de 2001, do Centro de Referência Luso-Brasileira do Museu Histórico Nacional. O Curso de Especialização em Museologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo a homenageou, por sua relevante contribuição à formação de profissionais em Museologia no Brasil, em março de 2002.
Até seu falecimento em 25 de março de 2014, foi sócia da Associação dos Museus de Arte no Brasil – AMAB e da Associação Brasileira de Museologia/Membro Fundador – ABM. Ademais, participou como membro Internacional Council of Museums – ICOM, foi membro do Comitê Nacional do ONICOM, do Comitê Brasileiro de História da Arte filiado ao Comitê Internacional d’Histoire de I’Art (CIHI) e também do Conselho Regional de Museologia do Rio de Janeiro.